" Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro" (Heródoto)

quarta-feira, 1 de maio de 2013

CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA (ENSINO FUNDAMENTAL)
 
O Egito antigo ocupava uma faixa de terra muito extensa, banhada de norte a sul, pelas águas do Rio Nilo. Esse território se localizava no Deserto do Saara, no nordeste da África.

No meio do deserto, graças às águas do Nilo e ao trabalho humano, criou-se uma extensa faixa de terra habitável e cultivada.

 A história de um longo império

 A parte sul do Egito era chamada de Alto Egito e a parte norte era conhecida como Baixo Egito.
Cerca de 5 mil anos atrás, o rei egípcio Menés unificou os pequenos reinos do Alto e Baixo Egito sob sua autoridade. Menés é considerado o primeiro faraó do Egito.

A história política do Egito antigo divide-se em três fases:

            Antigo Império (c. 2686 – 2181 a.C.): nesse período foram construídas as grandes pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
            Médio Império (c. 2040 – 1782 a.C.): nessa fase, os faraós conquistaram terras da Núbia, ao sul do Egito. O Médio Império chega ao fim com a invasão dos hicsos, um povo de origem asiática.

            Novo Império (c. 1570 – 1069 a.C.): os faraós mais conhecidos dessa fase foram Tutmosis III e Ramsés II, que estenderam o Império Egípcio para a Palestina e a Síria.
Durante esse longo período, o Egito foi governado por dinastias reais, ou seja, famílias de faraós que se sucederam no poder. 

A sociedade egípcia

            Faraó significa “casa grande”. Controlava várias aldeias e cidades.

            O título de faraó era hereditário, ou seja, com sua morte o trono era assumido pelo filho mais velho ou parente mais próximo. O povo o considerava filho do deus Sol e o adorava como a um deus. O faraó em geral tinha várias esposas. Ele escolhia uma dentre elas para ser a esposa oficial, a rainha.

O faraó tinha autoridade absoluta: concentrava em si os poderes político e espiritual. Por isso, esse governo é chamado de teocrático (governavam em nome dos deuses).

            O vizir, uma espécie de primeiro-ministro do faraó, era o mais importante funcionário do Estado. Ele chefiava a polícia, o tribunal de justiça e controlava a arrecadação dos impostos.

            Os sacerdotes estavam encarregados de administrar os templos e todos os serviços religiosos. Possuíam muitas terras e milhares de pessoas trabalhavam para ele.

            Os escribas se destacavam porque sabiam ler e escrever. Eles registravam os impostos arrecadados, faziam o censo da população, dos animais e das colheitas.

            Os camponeses compunham a maior parte da população do Egito. Eles cultivavam as terras do faraó, dos sacerdotes e altos funcionários do Estado.

            Os camponeses viviam com poucos recursos. Eles tinham que entregar parte da colheita aos donos das terras; outra parte ficava com o faraó como pagamento de impostos. Além do trabalho duro da semeadura e da colheita, eles tinham que combater insetos, pássaros e ratos que estragavam a colheita. Sofriam violência quando dos cobradores de impostos quando não conseguiam entregar as taxas exigidas pelo faraó.

 A religião egípcia

            Para os egípcios, tudo o que acontecia na sua vida diária dependia da vontade dos deuses. Por exemplo, as cheias do Nilo, uma batalha, um período longo de seca etc.

            Os egípcios eram politeístas, ou seja, o culto a vários deuses. O deus principal era Rá, o deus sol, também chamado de Amon e Aton. Outros deuses importantes eram Ísis, Osíris e Hórus

            Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo), outros deuses tinham o corpo de homem e cabeça de animal (antropozoomorfismo) e também existiam deuses somente com formato humano (antropomorfismo).

Os egípcios acreditavam na vida após a morte e, por isso, costumavam mumificar os corpos a fim de conservá-los para a eternidade.
 
A mumificação era uma técnica utilizada pelos antigos egípcios para preservar o corpo de pessoas e animais. Eles acreditavam que esse processo era essencial para garantir a passagem do morto à outra vida. Quando um egípcio morria, os embalsamadores recolhiam o corpo e o transportavam para um lugar onde todo o processo era feito.
A pirâmide tinha a função abrigar e proteger o corpo do faraó mumificado e seus pertences (joias, objetos pessoais e outros bens materiais).


A economia no Egito antigo

            Os egípcios cultivavam a terra para obter os alimentos necessários para sobreviver.    As cheias do Rio Nilo organizavam a vida agrícola. A partir de setembro, as águas baixavam e os camponeses começavam a semear a terra. Ela estava úmida e fertilizada pelo humo, material orgânico formado por restos vegetais decompostos.

            A criação de gado, a pesca e a caça também eram importantes, mas a carência de outras matérias primas como madeira e minério levou os egípcios a realizar trocas com outros povos.

A escrita no Egito antigo

            A primeira forma de escrita no Egito foi o hieróglifo. A palavra hieróglifo vem do grego e significa “Escrita Sagrada”. Os sinais dessa escrita representavam ideias e sons. Era uma escrita muito complexa e demorada. Por causa dessa dificuldade, apenas os escribas dos templos tinham o hábito de usá-la.

 A escrita hierática era uma escrita hieroglífica simplificada, usada para escrever textos com pincel em madeira ou em tiras de papiro. Utilizava-se esse tipo de escrita em textos religiosos e não religiosos.
A escrita demótica ou popular, apareceu por volta do ano 700 a.C. Era uma escrita mais simples,  que servia também para escrever cartas e fazer contas e registro.


Referência:
 
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá: História 6º ano. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2007.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário