CIVILIZAÇÃO EGÍPCIA (ENSINO FUNDAMENTAL)
No meio do deserto, graças às águas do Nilo e ao trabalho
humano, criou-se uma extensa faixa de terra habitável e cultivada.
A história de um longo império
A parte sul do Egito era chamada de Alto Egito e a parte norte era conhecida como Baixo Egito.
Cerca de 5 mil anos atrás, o rei egípcio Menés unificou
os pequenos reinos do Alto e Baixo Egito sob sua autoridade. Menés é
considerado o primeiro faraó do Egito. A história política do Egito antigo divide-se em três fases:
• Antigo Império
(c. 2686 – 2181 a.C.): nesse período foram construídas as grandes pirâmides de
Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos.
• Médio Império
(c. 2040 – 1782 a.C.): nessa fase, os faraós conquistaram terras da Núbia, ao
sul do Egito. O Médio Império chega ao fim com a invasão dos hicsos, um povo de
origem asiática.
• Novo Império
(c. 1570 – 1069 a.C.): os faraós mais conhecidos dessa fase foram Tutmosis III
e Ramsés II, que estenderam o Império Egípcio para a Palestina e a Síria.
A
sociedade egípcia
Faraó
significa “casa grande”. Controlava várias aldeias e cidades.
O título de faraó era hereditário,
ou seja, com sua morte o trono era assumido pelo filho mais velho ou parente
mais próximo. O povo o considerava filho do deus Sol e o adorava como a um
deus. O faraó em geral tinha várias esposas. Ele escolhia uma dentre elas para
ser a esposa oficial, a rainha.
O faraó
tinha autoridade absoluta: concentrava em si os poderes político e espiritual.
Por isso, esse governo é chamado de teocrático (governavam em nome dos deuses).
O vizir, uma
espécie de primeiro-ministro do faraó, era o mais importante funcionário do
Estado. Ele chefiava a polícia, o tribunal de justiça e controlava a
arrecadação dos impostos.
Os sacerdotes
estavam encarregados de administrar os templos e todos os serviços religiosos.
Possuíam muitas terras e milhares de pessoas trabalhavam para ele.
Os escribas se
destacavam porque sabiam ler e escrever. Eles registravam os impostos
arrecadados, faziam o censo da população, dos animais e das colheitas.
Os camponeses
compunham a maior parte da população do Egito. Eles cultivavam as terras do
faraó, dos sacerdotes e altos funcionários do Estado.
Os camponeses viviam com poucos recursos. Eles tinham que
entregar parte da colheita aos donos das terras; outra parte ficava com o faraó
como pagamento de impostos. Além do trabalho duro da semeadura e da colheita,
eles tinham que combater insetos, pássaros e ratos que estragavam a colheita.
Sofriam violência quando dos cobradores de impostos quando não conseguiam
entregar as taxas exigidas pelo faraó.
A religião egípcia
Para os egípcios,
tudo o que acontecia na sua vida diária dependia da vontade dos deuses. Por
exemplo, as cheias do Nilo, uma batalha, um período longo de seca etc.
Os egípcios eram politeístas,
ou seja, o culto a vários deuses. O deus principal era Rá, o deus sol, também
chamado de Amon e Aton. Outros deuses importantes eram Ísis, Osíris e Hórus
Existiam deuses com formato de animal (zoomorfismo),
outros deuses tinham o corpo de homem e cabeça de animal (antropozoomorfismo) e
também existiam deuses somente com formato humano (antropomorfismo).
Os
egípcios acreditavam na vida após a morte e, por isso, costumavam mumificar os
corpos a fim de conservá-los para a eternidade.
A mumificação era uma técnica utilizada
pelos antigos egípcios para preservar o corpo de pessoas e animais. Eles
acreditavam que esse processo era essencial para garantir a passagem do morto à
outra vida. Quando um egípcio morria, os embalsamadores recolhiam o corpo e o
transportavam para um lugar onde todo o processo era feito.
A
economia no Egito antigo
Os egípcios cultivavam a terra para obter os alimentos
necessários para sobreviver. As cheias
do Rio Nilo organizavam a vida agrícola. A partir de setembro, as águas
baixavam e os camponeses começavam a semear a terra. Ela estava úmida e
fertilizada pelo humo, material orgânico formado por restos vegetais
decompostos.
A criação de gado, a pesca e a caça também eram
importantes, mas a carência de outras
matérias primas como madeira e minério levou
os egípcios a realizar trocas com outros povos.
A
escrita no Egito antigo
A primeira forma de escrita
no Egito foi o hieróglifo. A palavra
hieróglifo vem do grego e significa “Escrita
Sagrada”. Os sinais dessa escrita representavam ideias e sons. Era
uma escrita muito complexa e demorada. Por causa dessa dificuldade, apenas os
escribas dos templos tinham o hábito de usá-la.
A escrita hierática
era uma escrita hieroglífica simplificada, usada para escrever textos com
pincel em madeira ou em tiras de papiro. Utilizava-se esse tipo de escrita em
textos religiosos e não religiosos.
Referência:
APOLINÁRIO, Maria Raquel. Projeto Araribá:
História 6º ano. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2007.
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