" Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro" (Heródoto)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012


Queria compartilhar com todos a observação que realizei por ocasião do Estágio.
A área de concentração escolhida, foi  a metodologia do ensino de história e com isso, observei quais métodos estão sendo empregadas pelos professores em uma escola pública estadual na cidade de Belém.

Após vários dias acompanhando dois professores de história do ensino fundamental e dois do ensino médio, constatei as limitações dos educadores para transmitir o conhecimento de  forma mais dinâmica e atraente.

A escola não possui uma sala de vídeo adequada ou um projetor multimídia, uma professora que leciona na turma do 6º ano confessa triste: “gosto de trabalhar com documentários, porém, não temos recursos para isso, tentei levar a TV da sala dos professores para uma sala e trouxe meu aparelho de DVD, na hora não funcionou, passamos alguns minutos tentando achar o problema, desistimos”.

O espaço da biblioteca é pequena demais, os livros didáticos que chegam para serem distribuídos aos alunos tomam conta de todo o espaço, impedindo os educandos de utilizar o local para pesquisa, ou de os professores realizarem uma atividade tendo a biblioteca como referência, principalmente com a disciplina de história, que exige bastante leitura e pesquisa.

Salas com ventiladores quebrados, quentes e abafadas, é o ambiente frequentado por professores e alunos, dificultando a concentração nas aulas, e o pior é que a escola não dispõe de uma área arborizada para a realização de uma aula ao ar livre para mudar um pouco a rotina.

Quando o assunto é “materiais didático-pedagógicos” todos os educandos são unânimes em defendê-los no apoio à transmissão do conhecimento. Existem bastantes livros que abordam o assunto mas, para a realidade do ensino público brasileiro, não passam de teorias, no que tange a estrutura das escolas.

Bem pessoal, sei que existem escolas públicas com estruturas bem piores, outras bem melhores, e que infelizmente a realidade é essa, como o ilustríssimo Charles Darwin defendia sua teoria de adaptação ao meio, acho que para não jogarmos a toalha de uma vez, temos que nos adaptar, pois esperar melhorias por quem de direito, é complicado.

Parabéns a todos os Professores, Alunos e Funcionários que tentam fazer da escola um espaço de transformação social, mesmo com todas as dificuldades.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

O município de Benevides e a abolição


O município de Benevides-PA, celebrou em março deste ano 128 anos da abolição dos escravos. A cidade em 1884, foi a primeira da Amazônia a abolir a escravidão, quatro anos antes de a princesa Isabel assinar a lei Áurea. A data é um feriadão no município e o mês de março é voltado a intenso trabalho da comunidade escolar sobre história e igualdade de direitos.
O escritor e historiador José Leôncio Ferreira, que esta escrevendo a história de Benevides há dois anos, conta que o persidente da Província do Grão-Pará, General de Armas Rufino Enéas Gustavo Galvão (Visconde de Maracajú e abolicionista) chegou ao município às 6h do dia 30 de março de 1884, no cruzador Souza Franco, acompanhado do vapor Pará. Ele presidiu a cerimônia simbólica de libertação de seis escravos (mas que representavam o fim da escravidão dos demais). Os escravos eram: Maurício, Quitéria, Florência, Macário, Gonçala (a mais velha com 40 anos) e Luiz (o mais jovem com 14 anos).
Depois desse evento, Benevides se tornou refúgio pra vários escravos que fugiam em busca de libertação.
Fonte: Amazônia Jornal, 31MAR2012.

sexta-feira, 30 de março de 2012



O IV Encontro Internacional de História Colonial propõe que a comunidade de historiadores colonialistas discuta, entre 3 a 6 de setembro de 2012, a temática: Trabalho, economia e populações no mundo ibero-americano (séculos XV a XIX).
As inscrições estão abertas até o dia 27 de abril de 2012

Patrimônio Histórico em discussão

Neste dia 29 de março (quinta-feira), terá início a programação “Diálogos com o Patrimônio: Valorizando Memórias e Construindo a Cidadania Cultural”, numa iniciativa do Departamento do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Estado (DPAHC).
Uma palestra, no horário das 15 às 17 horas, no Museu Histórico do Estado do Pará, será a primeira, em uma série de encontros que serão realizados, sempre na última semana de cada mês. A ideia é que se torne um evento permanente. A programação tem entrada gratuita.
Os expositores do primeiro encontro são Renato Aloizio de Oliveira Gimenes, técnico em Gestão Cultural do DPHAC e Secult; Flávio Leonel Abreu da Silveira, professor no Programa de Pós-Graduação em Antropologia; e Luzia Gomes Ferreira, docente do Instituto de Ciências da Arte (ICA), ambos da Universidade Federal do Pará. Com os expositores e outros participantes, haverá
uma discussão aberta, sob o tema “Patrimônio Cultural: Mudanças e Permanências”, de grande interesse para quem se importa com o passado, presente e futuro do patrimônio cultural de nosso estado.
No evento, membros de todas as partes componentes da nossa sociedade terão a oportunidade de se unir para refletir, e ainda, dialogar sobre a realidade do Pará e sua história, para debater ideias sobre a solução dos problemas que a memória do Estado enfrenta atualmente, e também relembrarjuntos sobre a importância e grandeza do Estado.
O evento contará com a presença de convidados vindos dos vários municípios, que fazem parte do Programa de Aceleramento do Crescimento (PAC das Cidades Históricas), do Governo Federal, e também com a presença de pessoas que têm a cultura, a história e o interesse no nosso estado como parte de seu cotidiano.

CENTRO DE MEMÓRIA DA AMAZÔNIA

Patrimônio Histórico em discussão

Casarão de Memória da Amazônia
Neste dia 29 de março (quinta-feira), terá início a
programação “Diálogos com o Patrimônio: Valorizando Memórias e Construindo a
Cidadania Cultural”, numa iniciativa do Departamento do Patrimônio Histórico,
Artístico e Cultural do Estado (DPAHC).
Uma palestra, no
horário das 15 às 17 horas, no Museu Histórico do Estado do Pará, será a
primeira, em uma série de encontros que serão realizados, sempre na última
semana de cada mês. A ideia é que se torne um evento permanente. A programação
tem entrada gratuita.
Os expositores do primeiro encontro são Renato Aloizio de
Oliveira Gimenes, técnico em Gestão Cultural do DPHAC e Secult; Flávio Leonel
Abreu da Silveira, professor no Programa de Pós-Graduação em Antropologia; e
Luzia Gomes Ferreira, docente do Instituto de Ciências da Arte (ICA), ambos da
Universidade Federal do Pará. Com os expositores e outros participantes, haverá
uma discussão aberta, sob o tema “Patrimônio Cultural: Mudanças e Permanências”,
de grande interesse para quem se importa com o passado, presente e futuro do
patrimônio cultural de nosso estado.
No evento, membros de todas as partes componentes da
nossa sociedade terão a oportunidade de se unir para refletir, e ainda, dialogar
sobre a realidade do Pará e sua história, para debater ideias sobre a solução
dos problemas que a memória do Estado enfrenta atualmente, e também relembrar
juntos sobre a importância e grandeza do Estado.
O evento contará com a presença de convidados vindos dos
vários municípios, que fazem parte do Programa de Aceleramento do Crescimento
(PAC das Cidades Históricas), do Governo Federal, e também com a presença de
pessoas que têm a cultura, a história e o interesse no nosso estado como parte
de seu cotidiano.

sábado, 10 de março de 2012

Seminários Históricos no CCFC

Seminário Histórico: a Inquisição
Fatos, factoides e manipulação. Os casos de

Sta.Joana D'Arc, Galileu e Pe. Malagrida.
Ministrante: Pe. Ilario Govoni, sj.
Local: CCFC
Datas: 24 e 25 de março
Horários: 08:30h às 12:30h
Valor: R$ 10,00


BR 316, km 6, s/n - CEP 67033-971
Caixa Postal n. 028, Ananindeua - PA
Fone: (91) 4009-1550 Fax: (91) 4009-1568
e-mail: ccfc@ccfc.com.br
www.ccfc.com.br



sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

O STF NÃO SABE O QUE É HISTÓRIA


O Ministro Cezar Peluso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), promulgou, em 29 de novembro de 2011, a Resolução No 474 que "estabelece critérios para atribuição de relevância e de valor histórico aos processos e demais documentos do Supremo Tribunal Federal". O documento causa perplexidade aos historiadores e a todos aqueles que, minimamente, tem acompanhado o desenvolvimento da historiografia contemporânea, em especial por duas razões: por procurar estabelecer "por decreto" o que é ou não histórico e por apontar como subsídio para essa classificação critérios considerados ultrapassados há, pelo menos, um século. Por esse motivo, a Associação Nacional de História (ANPUH), entidade que congrega os profissionais de história atuantes no ensino, na pesquisa e nas entidades ligadas ao patrimônio histórico-cultural, não poderia deixar de trazer a público a sua inconformidade com a referida Resolução. Apesar de seus precursores mais remotos (como os gregos Heródoto e Tucídides), o conhecimento histórico só se estabeleceu como disciplina autônoma e com pretensões científicas no século XIX, acompanhando o processo de surgimento e/ou consolidação dos Estados nacionais. Naquele momento era importante alicerçar em uma narrativa fidedigna, ancorada em provas documentais, a história desses Estados, comprovando sua existência ao longo do tempo e reforçando os laços de identidade entre seus habitantes, com base em uma presumida origem comum. Não é à toa que, justamente nesse período, surgiram os Arquivos Nacionais, inclusive no Brasil, como forma de reunir e conservar os documentos oficiais que dissessem respeito à "biografia" das jovens nações. Muitos historiadores, por seu turno, voltavam sua atenção aos ditos "acontecimentos consagrados", aos "grandes personagens", aos "fatos marcantes" da história de seus países; acontecimentos, personagens efatos esses, diga-se de passagem, em geral ligados às elites políticas, econômicas, culturais, militares e intelectuais a quem se atribuía o "fazer da História".Ora, desde ao menos o final da década de 1920, tal visão do que é ou não histórico foi fortemente contestada pelas principais correntes contemporâneas da historiografia por seu caráter limitado e elitista. Desde então, se sabe que nenhum documento possui "relevância" ou "valor" histórico em si, mas somente a partir das perguntas que o historiador dirige ao passado. Por exemplo: por muito tempo, não se deu valor às experiências das mulheres na história, ou apenas quando elas participavam de espaços tradicionalmente masculinos como a política e a guerra. Hoje uma das áreas mais desenvolvidas da historiografia brasileira e mundial é, justamente, a história das mulheres, que, para se desenvolver, precisou se utilizar de documentos antes considerados "não históricos" (talvez por envolver mulheres pouco famosas), como registros policiais e documentos judiciais referentes a, por exemplo, violência doméstica, guarda de crianças, brigas entrevizinhos, etc. Neste sentido, um exemplo entre muitos outros é o livro da consagrada historiadora Maria Odila Leite da Silva Dias, "Quotidiano e poder no século XIX", cuja leitura indicamos aos ministros do STF, que apresenta as lutas femininas em São Paulo naquele período e as estratégias de sobrevivência de mulheres pobres, talvez "sem valor histórico" na visão desses magistrados, como lavadeiras, quitandeiras, escravas, forras, entre outras.

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Escola e família: uma tensa relação.

A relação entre escola e família, além de objetivos comuns, o melhor futuro para o filho e educando e, automaticamente para toda a sociedade, devem seguir os mesmos princípios e critérios, bem como, estarem cientes de seus papeis decisivos e complementares. A interação entre escola e família é de suma importância, pois nelas que se formam os primeiros grupos sociais da criança.
Os resultados do processo ensino-aprendizagem nem sempre acabam em sucessos e aprovações, diante disso, a escola questiona a família, pois se alguns conseguem aprender, o problema é de fora. A família questiona a escola pelo fato de ser ela a responsável pelo ensino. O fato é que nesse círculo vicioso de reclamações recíprocas, o único prejudicado é sem dúvida, o aluno.
Quando perguntado para os educadores brasileiros, quais fatores influenciam a aprendizagem, os culpados preferenciais são os pais dos alunos, conforme abaixo:

Acompanhamento e apoio familiar........................ 78%
Competência do professor....................................... 32%
Gestão da escola....................................................... 10%
Fonte: A tensa relação entre famílias e escolas. Veja, São Paulo, n. 32, p.116, 10 ago. 2011

Há dificuldade em haver aproximação, principalmente quando os encontros são para falar de problemas, outro fator que afasta a família da escola, é a falta de tempo nas cidades grandes, e a distância, na área rural, e também, algumas instituições não informam à família sobre o trabalho ali desenvolvido e isso dificulta o diálogo.
Para aumentar ainda mais a distância da parceria, muitas famílias desconhecem que podem se envolver ativamente nas decisões tomadas pela escola de seus filhos, através do Conselho Escolar, que tem como objetivo, a manutenção da escola e, seu perfeito funcionamento, é visto como importante para assegurar a qualidade do ensino.
É fundamental para o desenvolvimento do aluno que a família e a escola sigam os mesmos princípios e critérios para constituir sujeitos críticos que sejam capazes de suprir as necessidades da sociedade complexa em que vivemos. O fato é que não existe educação de qualidade sem que a relação entre as duas instituições estejam niveladas, cada uma exercendo sua função. Com isso, aumentará a qualidade do ensino, melhorando não só a formação profissional do educando, mas também, a formação da personalidade e sua conscientização como cidadão.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A história não contada da Igreja Católica

Infelizmente temos uma visão deformada da história da Igreja Católica, devido alguns fatos que ocorreram, como a inquisição e as cruzadas, criando uma aversão à Igreja desde os bancos escolares.
O que poucos sabem é que a Igreja Católica que moldou acivilização ocidental, pois foi a única Instituição a permanecer de pé entre os escombros do Império Romano no momento em que os povos bárbaros assaltavam a Europa. Foram os monges da Igreja que preservaram a herança literária do mundo antigo após a queda de Roma em 476.
A contribuição para o desenvolvimento da ciência foi enorme; muitos cientistas foram padres, alguns exemplos:
- Pe. Nicholas Steno, dinamarquês (1638-1686), é considerado o “pai da geologia”
- Pe. Athanasius Keicher, alemão (1601-1680), o ”pai da egiptologia”
- Pe. Giovanni Battista Riccioli, italiano (1598-1671), a primeira pessoa a medir a taxa de aceleração de um corpo em queda livre.
- Monge Gregor mendel, austríaco (1822-1884), considerado o “pai da genética”
- Pe. Francisco de Vitória, espanhol (1483-1546), “pai do direito internacional”
As Catedrais foram por excelência as obras de arquitetura e arte mais representativa da idade média ocidental cristã. As Catedrais góticas da Europa são especialmente impressionantes. O estudo da beleza e grandiosidade das catedrais medievais tem despertado o interesse dos pesquisadores do nosso século.
Com esse pequeno texto, verificamos, que a Igreja Católica não só torturou e queimou pessoas na fogueira da inquisição, ela também, contribuiu para a formação da civilização ocidental.
Fonte: AQUINO, Felipe. Uma história que não é contada. 3. ed. Lorena: Cléofas, 2008.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

DA LOUSA AO TABLET


Há mais de 25 anos tenta-se comprovar que a tecnologia pode ajudar no ensino. Muitas escolas de hoje usam a tecnologia como marketing, mas, o uso dela, faz o aluno aprender com eficácia?
Dois estudos inéditos demonstram como a tecnologia ajudou a melhorar as notas dos alunos da rede pública. O primeiro realizado pela Fundação Carlos Chagas (FCC), no município de José Freitas, no interior do Piauí. De acordo com o estudo, os alunos melhoraram sua média de matemática em 8,3 pontos, enquanto os que não usaram a tecnologia avançaram 0,2 ponto. O segundo estudo, da UNESCO, avaliou alunos de escolas públicas de Hortolândia, em São Paulo, que usaram salas de aula com lousa digital e um computador por aluno. O avanço foi de duas a sete vezes em relação aos colegas em salas de aula comuns.
O sucesso, porém, depende como essa tecnologia é usada, é preciso ter estratégias e conteúdos para usar o tablet ou notebook nas salas de aula.
Cinco práticas que ajudam a tecnologia a ensinar:
1) Saber para que usar a tecnologia;
2) Transformar o jeito de dar aula;
3) Mudar a relação entre professor e aluno;
4) Formar e treinar os professores; e
5) Reformar a cultura da escola.
“Se um livro não funciona para um aluno, trocá-lo por um livro digital não vai resolver o problema” (Mark Weston – estrategista educacional da Dell, dedicou seus últimos 36 anos de sua vida a melhorar o ensino usando inovações.)
Leia a entrevista com Mark Weston para Revista Época em:
Fonte: Guimarães, Camila. A lição digital. Época, São Paulo, n. 683, p. 80-87, 20 jun. 2011.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

O ENSINO DE HISTÓRIA NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Maria Aparecida Quadros Borges
Professora do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais

Jezulino Lúcio Mendes Braga
Professor do Centro Universitário do Leste de Minas Gerais

Ensinar História para crianças não é tarefa das mais fáceis. Principalmente por ser esta a disciplina que encontra maior resistência entre os alunos do ensino fundamental. As questões mais freqüentes são: porque devo estudar o que já passou? para que guardar todas estas datas? o
que tem a ver com minha vida estes fatos? Existe uma comunidade de sentidos no que se refere à disciplina História. Este mal estar é fruto dos rumos tomados pelo ensino de História desde sua implantação como disciplina autônoma em 1837. Deste momento em diante, o ensino de História
passou a servir a determinados objetivos políticos e seu método era baseado na memorização de datas e na repetição oral de textos escritos. O presente texto procura refletir acerca do ensino de
História. Inicia-se com um breve histórico da disciplina nos currículos escolares. Posteriormente tenta-se expor as principais mudanças sofridas nos anos 80. Na seqüência reflete-se sobre algumas questões que devem nortear o ensino de História nas séries iniciais.
Para saber mais acesse : www.unilestemg.br/revistaonline/volumes/01/.../artigo_09.doc